quinta-feira, 23 de julho de 2009

18 de julho de 2009: Oficina 7



O encontro do dia 18 de julho teve início com um vídeo (campanha de incentivo à leitura) baseado em um texto da escritora mineira Guiomar de Grammont.
Após o vídeo, as cursistas receberam cópia do texto que se apóia na ironia, a começar pelo título: “Ler devia ser proibido”.
Ao término dos comentários sobre o vídeo, as cursistas assistiram a um slide sobre ‘letramento’, origem e significado da palavra, as diferenças entre alfabetização e letramento, as relações entre letramento e cultura local, além de responderem a questões sobre o tema:
• O que significa alfabetizar?
• O que significa “letrar”?
• Quais as diferenças entre alfabetizar e letrar?
• Como alfabetizar “letrando”?
• Quando se pode dizer que uma criança ou adulto estão alfabetizados?
• Quando se pode dizer que estão letrados?
• Quais são as condições para que o aprender a ler e a escrever seja algo que realmente tenha sentido, uso e função para as pessoas?
• Em que medida o conhecimento prévio interfere na atividade de leitura e escrita do seu aluno?
• Somos todos letrados nesta sala?
• Vivemos em um país de letrados?

A partir dos questionamentos acima, pude perceber através do depoimento das cursistas que, na maioria das vezes, o aluno necessita que o professor seja o mediador do conhecimento prévio mínimo para que ele interprete um texto, é como se, muitas vezes, a escola fosse o único meio de aquisição do conhecimento, principalmente para aqueles alunos que ainda não exploram o ambiente letrado em que vivem, ou não são incentivados a ler no ambiente familiar.
Prosseguimos então com os relatos do ‘Avançando na prática’. Duas cursistas aplicaram o AP da página 31 do TP4, justamente sobre ambiente letrado. Introduziram a atividade falando sobre a importância da leitura, várias formas e meios de comunicação. Após esta etapa, dividiram os grupos e tarefas (trazer recortes de jornais e revistas com propagandas, anúncios publicitários com ou sem imagens, pesquisar preços nos estabelecimentos comerciais do bairro). Alguns alunos ainda foram até o posto de saúde da comunidade e anotaram os horários de atendimento de determinados médicos e também a especialidade de cada um. As cursistas que aplicaram este ‘avançando na prática’ também puderam explorar elementos não-verbais de outdoors e placas. Finalizaram o trabalho com painéis.
Um ponto negativo relatado por Edna Sueli: alguns alunos levaram palavras soltas, descontextualizadas.
Uma das cursistas aplicou o ‘avançando na prática’ da página 97 do TP4, trabalhando com a turma elementos gramaticais, a monotonia (através da descrição da cena estática), a profissão das personagens descrita no texto, etc. Porém, surpreendeu-se pelo fato de os alunos enxergarem o vilarejo onde vivem por um prisma positivo, o que fez com que ela também trabalhasse em sala de aula a valorização do ambiente bucólico.
E para complementar o depoimento da cursista que aplicou o ‘avançando na prática’ sobre o poema Cidadezinha Qualquer, de Drummond, iniciamos o momento III da Oficina 7.
O trabalho desenvolvido nesta oficina também teve um resultado positivo. Há diversas possibilidades de trabalhar o texto. Iniciamos o momento III falando sobre o autor, intenções do texto, sua estrutura simples, a descrição do ambiente, elementos gramaticais (verbos, advérbios e adjetivo) e até mesmo sobre a entonação na leitura do poema.
As cursistas formaram os grupos e criaram um roteiro para conduzir a compreensão do poema em sala de aula.
O primeiro grupo sugeriu questionamentos como:
• Quem é o autor?
• Estrutura do texto: Prosa ou verso?
• Por que o uso do pronome ‘qualquer’ (título)?
• Como você visualiza o ambiente descrito no poema?
• Você conhece lugares que se identificam com a ‘cidadezinha’ do poema?
• Oralidade: A expressão “eta” é comum na fala ou na escrita?
• No texto, o eu lírico observa, mas no texto, alguém também observa. Aponte o verso.
• que recursos Drummond utilizou para mostrar que a cidade é pacata?

Questionamentos levantados pelo segundo grupo:
• Qual seria a possível profissão dos homens e mulheres (moradores) da ‘cidadezinha’ descritos no texto?
• A realidade da sua casa é semelhante à desta ‘cidadezinha’?
• Procure no dicionário a palavra monotonia. Aponte a estrofe que melhor ilustra esta palavra.
• Sugestão: Levar para a sala de aula outros textos que descrevem cidades.
• Mostrar diferenças entre eu lírico e autor: O eu lírico tem visão negativa ou positiva sobre o ambiente descrito?
• Produção de texto retratando a cidade onde moram.
Felizmente, a proposta da Oficina 7 foi atendida, tanto pelo fato de que as cursistas estão comprometidas com o Gestar II como também pela observação do resultado positivo apresentado pelas turmas com as atividades do ‘avançando na prática’. Finalizamos assim as unidades 13 e 14 do TP 4.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

27 de junho de 2009: Oficina 6

No início da oficina 6 uma das cursistas leu a mensagem “As cinco bolas”, sobre o equilíbrio entre trabalho e outras coisas que são primordiais em nossa vida.
Após este primeiro momento, as cursistas puderam expor suas reflexões sobre a oficina 5. Recolhi o relatório do ‘Avançando na prática’ das unidades 11 ou 12 e elas fizeram comentários sobre a experiência de aplicar na sala de aula a proposta das TP’s.
Houve também momento de apresentação de duas novas cursistas que infelizmente não foram informadas a tempo sobre a capacitação.
Com estas novas cursistas, falei novamente sobre o programa GESTAR II, sobre os cadernos de Teoria e prática, sobre o tempo que deve ser dedicado ao estudo do material, a escolha do ‘Avançando na prática’ e a adequação e aplicação na sala de aula.
Também falei sobre a confecção do relatório após a aplicação do ‘Avançando na prática’ e das perguntas e observações que devem norteá-las na organização do texto.
As cursistas que não participaram das oficinas anteriores participaram da oficina 6, os grupos foram divididos e vários argumentos enumerados.
Os grupos que ficaram responsáveis por enumerar as características do texto como uma redação escolar apontaram as marcas de infantilidade (uso de diminutivos), algumas rasuras no texto, a folha de caderno (estrutura física da apresentação do texto), o título (Composição), etc.
Os grupos da ‘oposição’ apontaram elementos como o suporte (Revista Veja), críticas que geralmente são feitas por adultos, pela complexidade e maturidade, a autoria do texto (Jô Soares).
As apresentações e os comentários das cursistas sobre os tópicos da Oficina 6 tiveram um resultado satisfatório, todas se envolveram e assim encerramos a TP3.
No nosso encontro do dia 18 de Julho, realizaremos a Oficina 7, unidades 13 e 14. Desta forma, mais uma vez as cursistas devem escolher a atividade que será trabalhada em sala de aula e relatar sua experiência com as TP’s, pois o relatório é parte fundamental do portfólio.