domingo, 2 de maio de 2010

Oficina Avaliativa II: 24 de abril de 2010




Nosso último encontro do GESTAR II, que parecia tão distante há poucos meses atrás, finalmente aconteceu. Nossa Oficina Avaliativa II foi no salão da SRE de Teófilo Otoni, compartilhamos um proveitoso momento de aprendizado entre cursistas e formadores de Língua Portuguesa e Matemática. O encontro foi cheio de burburinhos, pois todos tinham algo a dizer sobre o programa de ensino aprendizagem e sua implementação nas escolas.

Nossa coordenadora Irislene Rocha fez a abertura do encontro com uma mensagem de otimismo e palavras de agradecimento, além de apresentar slide com algumas fotos das oficinas. Nós, professores-formadores, também apresentamos vídeos e fotos com o trabalho de alguns de nossos cursistas.

Mas o foco da oficina foi uma dinâmica que tinha como objetivo principal levar o cursista a expor as suas impressões sobre o GESTAR II.

As sensações que os cursistas sentiram inicialmente em relação ao GESTAR foram o medo do desconhecido, a vontade de aprender, a curiosidade, a alegria de poder participar, expectativas que, no decorrer dos “avançando na prática” e das oficinas, foram se concretizando ou desaparecendo.

Não é fácil trilhar os caminhos na educação, é necessária uma dose diária de motivação para que o processo de ensino-aprendizagem seja intenso e aponte para o sucesso, certamente o GESTAR serve de suporte nesta caminhada. Desta forma, ao final do programa, não havia somente sensações, emoções, havia algo concreto, os cusistas já carregavam consigo a certeza de que venceram uma importante etapa na sua vida profissional: fazer um curso de capacitação que simplesmente traduz o desejo de transformação e a luta do inovador e dinâmico contra o desgastado e estagnado.

A busca pelo conhecimento foi o que motivou muitos dos cursistas a prosseguir na nova trajetória de aprendizado. Muitos fizeram o GESTAR II até o fim porque precisavam inovar a prática pedagógica com atividades diferenciadas. Para estes cursistas o GESTAR II significa de fato a obtenção de novas estratégias de ensino.

A Oficina Avaliativa II marcou o fim dos encontros presenciais aos sábados, das listas de chamadas, dos relatórios impressos, mas assinalou o começo de uma nova prática, de uma nova abordagem. Por isso espero que a sua participação no GESTAR faça toda diferença na sua vida profissional. Parabéns por chegar até aqui!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Oficina 4: 10 de abril de 2010




Aproveitamos da melhor maneira possível os momentos de aprendizado que o GESTAR nos ofereceu. Toda oficina foi oportunidade de crescimento profissional e também pessoal. Na oficina 4 não foi diferente, Introduzimos o encontro fazendo um apanhado da a teoria. Uma vez que as unidades 7 e 8 contemplam a análise literária, utilizamos um slide como referência, na intenção de gerar um momento de reflexão e debate entre as cursistas. Não faltaram questionamentos como:

•O que é literatura?

•Que conceito tem nosso aluno sobre literatura?

• É possível trabalhar textos literários com os nossos alunos sem antes trabalhar o significado de palavras como subjetividade, objetividade, conotação, denotação, plurissignificação, e estética?

Estes termos estão sempre presentes no universo literário e faz-se necessário sim, familiarizar o aluno com este vocabulário, para tornar o processo de aprendizagem mais significativo.

Na socialização dos resultados das atividades “Avançando na prática”, Edna Sueli mais uma vez nos deu o seu relato. “Como queria trabalhar com meus alunos do 9º ano as figuras de linguagem, mais precisamente os recursos gráficos, optei pelo avançando na prática da página 128 do TP2. A atividade também serviu para sanar uma dúvida deles que, antes, confundiam onomatopeia com interjeição”.

Edna levou para a sala de aula alguns gibis, com o objetivo de observarem as ocorrências de onomatopeias dentro da historia e a função que esta figura exerce nos quadrinhos.

Após esta observação veio a proposta: levar o aluno a utilizar aquelas onomatopeias na produção de uma tirinha, charge ou cartoon. O resultado da atividade transformou-se num mural. Veja abaixo as fotos:




Oficina 4

As cursistas analisaram a charge de quino da página 154 do TP2 e responderam às questões. Houve uma dúvida quanto à figura de linguagem presente na charge: Ironia ou paradoxo?

Na produção de texto, todas escolherem o bilhete como gênero. E não se esqueceram de transportar a ironia presente na charge para o bilhete:

Caro senhor,

Tendo em vista o seu conhecimento e sua postura, admira-se a sua postura de humilhar o seu empregado. Saiba que a leitura enriquece, mas o senhor pelo visto continua pobre.

Edna

Encerramos este encontro fazendo uma breve reflexão sobre o aprendizado que o TP2 nos proporcionou. Algumas cursistas preferiram as unidades que trazem os aspectos da análise linguística, outras gostaram de rever as figuras de linguagem que nos ajudam na análise e compreensão do texto literário. Porém, o mais importante é saber nós recebemos com muita gratidão tudo que o G2 nos proporcionou.

Esta foi a nossa última oficina dos TP’s, esperaremos então a Oficina Avaliativa que será no dia 24 de abril.



sábado, 3 de abril de 2010

Oficina 3: 27 de março de 2010









Mais uma vez nos reunimos na Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima. Cada oficina concluída nos dá a sensação de missão cumprida. Porém, traz também a certeza de que estamos quase no final do GESTAR II.
Durante a caminhada no G2, encontrei pessoas maravilhosas, professoras competentes, colegas que carregam valores fundamentais para o exercício da profissão. Por outro lado, vi minha turma de cursistas desfalcada devido à descrença na Educação. A cursista Marilene passou em um concurso público e optou pelo serviço administrativo e por um salário melhor. Devemos acreditar que a educação um dia será priorizada? Ou veremos, a cada dia, bons professores trocando as salas de aula por concursos em outra área? Pensemos nisto!
Antes de iniciar uma discussão sobre o ensino de gramática nas últimas séries do Ensino Fundamental, optamos por um slide para conceituar e diferenciar as gramáticas internalizada, reflexiva e normativa, além de mostrar que é relevante distingui-las para que o professor tenha autonomia no trabalho com cada uma elas. Perguntamos às cursistas como se dá o processo de ensino aprendizagem da gramática em suas turmas.
Na nossa discussão, surgiram diversos pontos de vista sobre o ensino da gramática normativa e sua aplicação na vida do aluno. Edna Sueli fez uma importante observação: “Há pessoas que veem a gramática como algo ultrapassado, desgastado, mas como ensinar os mecanismos da fala e da escrita formal sem utilizar as regras da gramática normativa?” Por outro lado, sabemos que o nosso aluno deve aprender a refletir sobre os diversos usos da língua e as diferentes situações de comunicação, esta reflexão deve ser apoiada na gramática interna. Por isso é importante mostrar ao aluno que ele já faz uso da gramática, desde que ele aprendeu a formular os primeiros enunciados e se fazer entender. Devemos trabalhar as três gramáticas em sala de aula? Ingrid, cursista da formadora Rose, relatou que em suas aulas, o trabalho com a gramática acontecia de forma contextualizada, porém a diretora pediu para que ela voltasse a trabalhar gramática da “forma antiga”. Precisamos refletir ainda mais: gramática na sua forma reflexiva ou apenas gramática normativa (regras para decorar)? Será que para trabalhar gramática contextualizada, é preciso trabalhar gramática normativa antes? A cursista Greyd procura trabalhar antes o verbo da forma reflexiva, daí a importância de saber explorar os recursos da gramática interna que o aluno traz consigo. Com alguns exemplos de oração no quadro, ela introduz perguntas sobre o momento em que se deu a ação naquele contexto, enquanto Rose, nossa colega formadora, trabalha a origem da nomenclatura de cada elemento mórfico (adjetivo, substantivo) ou sintático (sujeito, predicado).
Quanto ao “avançando na prática”, a cursista Edna Sueli, por falta de recursos como fotocópias, aplicou a atividade da página 51 do TP2. Esta é uma atividade que enfoca o uso da linguagem oral. A cursista escreveu um trecho no quadro e pediu para que os alunos lessem. Depois mudava a pontuação do mesmo trecho, levando-os a perceber que a entoação da linguagem oral pode ser muito ampla. A participação dos alunos foi fundamental. Sucesso na escolha da atividade. Preparamos as cursistas para a oficina 3. O texto de Leo Cunha foi escolhido na elaboração de atividades de interpretação e análise lingüística:

Oficina 3





1) As palavras usadas no poema se contrapõem ou se aproximam?

2) Que relação há entre elas?

3) As palavras foram aproximadas com algum propósito?

4) Dentre os substantivos citados, quais são os elementos da natureza?

5) Levando em consideração que o texto é um poema-espelho, e que o espelho reflete a imagem assim como ela é, vemos que isso não acontece no poema, pois ele apresenta uma imagem distorcida. Qual a intenção do autor ao utilizar esse recurso?

6) Que relação há entre o título e o texto?

7)Justifique o motivo pelo qual foi usado o adjetivo entre parênteses?


segunda-feira, 22 de março de 2010

Oficina 2: 20 de março de 2010

Para iniciarmos a oficina 2, exibimos o vídeo “Um matuto no cinema”, por Jessier Quirino. Analisamos algumas marcas de intertextualidade presentes na fala do narrador. O vídeo somente faz sentido pelo seu contexto humorístico se o interlocutor consegue identificar a interação entre a fala do matuto e outros elementos do cotidiano (chicote de borracha feita de pneu Firestone), isto é, detectar marcas de intertextualidade.
Para iniciarmos um debate sobre as unidades 3 e 4, destacamos algumas questões para a reflexão das cursistas:
• Você explora textos diversificados do livro didático?
• Você acrescenta textos da sua escolha?
• Que tipo de texto você prefere e qual rejeita?
• Como você trabalha a intertextualidade em sala de aula?
As cursistas demonstraram a partir destes questionamentos que vão além dos textos propostos pelo livro didático. Goreth complementa o planejamento com reportagens, notícias e outros textos que achar relevantes. Segundo Greyd, é preciso analisar cuidadosamente o nível de conhecimento prévio dos alunos (conhecimento de mundo e vocabular). É necessário selecionar os textos que vão para a sala de aula a partir do nível de maturidade da turma. O conhecimento de mundo que o meu aluno traz consigo é suficiente para ajudá-lo a tornar o texto significativo?
Se há aproximadamente 1200 diferentes gêneros textuais, porque trabalhar apenas dois ou três? Esse é um questionamento da cursista Risane. “Procuro sempre ter uma charge para analisar com a turma”. Geralmente este gênero exige do leitor um conhecimento prévio do contexto atual para tornar-se significativa. Assim fica fácil levar o aluno a descobrir a intertextualidade.
Partimos então para os resultados do “avançando na prática”. Edna Sueli aplicou a atividade da p. 102. Com base na leitura prévia do fragmento da p.101, os alunos deveriam desenvolver outros 3 textos em diferentes gêneros:
• Notícia;
• Carta (para a diretora – emissor definido previamente);
• Aviso (receptores e emissor definidos previamente).
Para tanto, Edna trabalhou as características básicas de cada um desses gêneros textuais. Obteve resultados diversos nesta atividade. Enquanto alguns alunos conseguiram reproduzir a impessoalidade da notícia, outros usaram marcas de oralidade no texto.
Para os alunos que não atenderam a proposta da produção da notícia, da carta e do aviso, a professora incentivou uma reescrita. O trabalho será transformado em painel.
O momento da oficina passa rapidamente. Lemos um material novo, somos levados a produzir textos assim como nosso aluno, colocamo-nos na perspectiva deles. Começamos com uma reflexão: Que relação podemos estabelecer entre a fábula e o assunto da unidade?
As cursistas analisaram a fábula “A Língua” e perceberam que alguns elementos básicos do gênero fábula estavam modificados. Os personagens não eram animais com características humanas, a moral da história não estava no final, e sim na fala do personagem. Perceberam também a relação antiética que é base do texto: Patrão/empregado, sabedoria/arrogância, melhor carne/pior carne, muitas posses/poucas posses, bondade/maledicência. A conotação da palavra língua também foi observada, nesta conotação centra-se o real objetivo da fábula, mostrar a importância que as palavras exercem na vida dos homens. As cursistas aproveitaram o contexto da sabedoria e sugeriram um trabalho com base nos ditados populares:
• Quem tudo quer saber, mexerico quer fazer;
• Quem fala o que quer, ouve o que não quer;
• Quem muito fala dá bom dia a cavalo;
Para turmas de sétima série, podem ser trabalhadas as características da fábula (narrativa curta, moral da história, tipos dos personagens, etc.) e depois propor a escrita de uma fábula. Ideia que será aproveitada pela cursista Edna Sueli.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Oficina 1: 13 de março de 2010


Qual será o verdadeiro papel do professor no ensino de língua materna? Explorar apenas a norma padrão e suas possibilidades ou mostrar ao aluno que a língua é passível de manifestações culturais? Para responder a questionamentos como estes, iniciamos a nossa oficina 1 com a apresentação do slide “Nada na Língua é por acaso: Variação, mudança e ensino”. Discutimos alguns pontos como os níveis e tipos das variações linguísticas. Alguns questionamentos foram necessários: O aluno tem consciência das diferenças entre a modalidade oral e a modalidade escrita da língua? Também falamos sobre a intervenção da cultura na linguagem, a importância do ensino da gramática tradicional e as origens da noção de “erro”. Além de fatores como idade, profissão e situação comunicacional (família, amigos, colegas de trabalho, etc.), que alteram o vocabulário do falante.

O mais importante foi perceber que as cursistas reconhecem que a língua é um objeto variável devido ao vínculo com a realidade social. Para ilustrar este quadro com bom humor, lemos o texto abaixo:

Pois é. U portuguêis é muito fáciu de aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis que dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol que é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom que a minha lingua é u portuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê.

• Jô Soares, Veja, 28 de novembro de 1990

Na segunda parte da Oficina, as cursistas relataram os resultados do “avançando na prática”, inclusive relatos anteriores (TP 6). Edna Sueli aplicou a atividade da página 23 do TP 6. Tendo como base alguns tópicos, os alunos escreveram um texto argumentativo sobre saúde bucal. Segundo ela, os resultados foram bons. Alguns alunos tiveram pela primeira vez oportunidade de escrever um texto argumentativo.

Edna Sueli também propôs para a sua turma de 9º ano a criação do ‘dicionário dos jovens’, “avançando na prática” das unidades 1 e 2 do TP 1, p. 23. O objetivo da atividade é fazer com que o aluno perceba que sua linguagem não é discriminada. Aplicar atividades como esta, que enfocam as manifestações de linguagem do jovem é primordial para despertar o interesse do aluno.

Iniciamos o terceiro momento da oficina 1 com a leitura do texto ‘A outra senhora’ de Drummond. A atividade envolveu a participação de todas as cursistas. Fizemos alguns comentários sobre a incompatibilidade que há entre o vocabulário altamente técnico de Isabel e a sua idade. Analisamos o texto minuciosamente, explorando elementos contraditórios, a mistura dos argumentos (voz da professora, influência da publicidade massiva). Apesar do humor presente no texto, a análise proposta na p. 170 do TP 1 não é tão fácil. Há duas críticas no contexto: a publicidade que invade nossos lares e as produções textuais mecânicas.

Ao final, questionamos as cursistas sobre a possibilidade de desenvolver um trabalho com a crônica de Drummond em suas turmas. Seria necessário criar novas estratégias de abordagem para que a atividade seja significativa para os alunos. A oficina apresentou um bom resultado, cada vez mais as cursistas contribuem com propostas e opiniões. Há participação efetiva de todas.

Nosso próximo encontro ficou marcado para o dia 20 de março.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Oficina 12: 27 de fevereiro de 2010


Iniciamos a nossa oficina 12 com um clima de descontração total, pois as cursistas já estão totalmente entrosadas e perceberam que a oficina estava diferente, talvez por ser a última pela ordem dos TP’s.
Para incentivar um debate sobre o tema da unidade, utilizamos como suporte o texto da seção “Ampliando nossas referências”, pag. 155 do TP 6. Fizemos uma leitura conjunta do texto e partimos para uma reflexão: Como auxiliar nossos alunos a editar seu próprio texto? As cursistas reconheceram que as dicas do texto de Calkins foram preciosas, porém são “teorias que nem sempre se aplicam em nossas salas de aula”.
Para que estas dicas surtam um bom efeito, segundo as cursistas é necessário que haja um acompanhamento com a turma, e como estamos no início do ano letivo, as cursistas têm novos alunos. Então elas sentiram dificuldades de trabalhar os avançando na prática das unidades 23 e 24 que trazem como foco o processo de revisão textual na sala de aula.
O que não significa de maneira alguma que nossas cursistas não utilizassem antes do G2 algumas táticas de revisão como:
• troca de textos entre duplas;
• marcação e reescrita de algumas palavras;
• análise do sentido dos parágrafos (há sentidos? As idéias estão encadeadas de maneira lógica?);
Porém este trabalho não se realiza em todas as produções de texto, em alguns casos, quando as cursistas retornam o texto para o aluno, ele nem se dá conta de que aquele texto foi escrito por ele.
Para trabalhar a revisão ortográfica, é necessário antes um trabalho com o dicionário. Algumas cursistas relataram que não é incomum o aluno reconhecer que não consegue usar o dicionário.
Aproveitamos o espaço do blog para mostrar que ainda faltam Xerox, cartolina, papel jornal, pincel e outros recursos sugeridos ao longo dos TP’s para se aplicar as atividades “avançando na prática”.
Para esquentar nossa conversa sobre sugestões de leitura (literatura infanto-juvenil), nossas cursistas responderam as questões abaixo:
• Qual o valor da literatura?
• Qual é a sua função social?
• Vocês concordam com a crença de que a literatura não se ensina, basta a simples leitura das obras, como se faz fora da escola?
• Como vocês selecionam os textos literários que serão trabalhados em sala de aula?
• Como construir uma comunidade de leitores?
• Por que há leitores que leem com prazer?
• O que devemos fazer para que a leitura se torne um hábito para toda a vida, ou melhor ainda, uma paixão?
Muitas destas questões nos remetem a desafio e também ao trabalho incansável do professor. Como mostrar ao meu aluno que a leitura é importante em nossas vidas se ele não tem certeza de que sou leitora? “Sempre mostro o que li naquela semana, um fragmento de livro, uma reportagem em uma revista”. Alguns alunos têm preconceito quanto à literatura: “Por que temos que ler estes livros chatos?” Por falta de incentivo, ou por associar a prática de leitura apenas ao ambiente escolar, instaura-se esta forma de pensamento que acaba prejudicando o próprio aluno, interferindo no seu desenvolvimento como leitor. Muitos alunos acham que o momento de leitura é uma forma de castigo, já estão de fato acostumados com as aulas convencionais.
Porém temos experiências positivas com a literatura juvenil em sala de aula: A cursista Edna Sueli levou vários exemplares do livro “jogo duro” de Lia Zatz e propôs um teatro que foi apresentado a toda escola. É possível fazer com que o aluno goste de ler, basta introduzir um tema que desperte o seu interesse.
Ao final da oficina, outras cursistas também apresentaram sugestões de leitura: “Capão Pecado” de Ferrez, “A árvore que dava dinheiro” de Domingos Pellegrini, “Quando meu pai perdeu o emprego” de Wagner Costa e “A força da vida” de Giselda Laporta Nicolelis.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Oficina 11: 06 de fevereiro de 2010

Para iniciarmos a oficina referente às unidades 21 e 22, analisamos antes algumas das estratégias relacionadas ao planejamento e à revisão durante a escrita de textos. Organizamos assim um tópico com a finalidade de discutirmos o conteúdo destas duas unidades:
• Estratégias / tipos de argumentação;
• Diferenças entre convencer e persuadir o leitor;
• Objetivo do texto argumentativo.
As cursistas que atuam na perspectiva do G2 já utilizam um método para trabalhar o texto argumentativo em sala de aula. Trocaram sugestões, mostraram como elaboram o processo de aquisição do conhecimento prévio com o aluno além de indicar caminhos para levar o aluno a repensar sua prática de escrita.
Esboçamos estratégias de planejamento para que nossas cursistas possam trabalhar com seus alunos os processos de revisão textual na argumentação:
• “O que eu disse até agora? O que estou tentando dizer?
• Será que eu gosto do que escrevi? O que é tão bom aqui, que eu possa entender?
O que não é bom que eu possa arrumar?
• Como meu texto soa? Como parece?
• O que meu leitor ou leitora pensará, quando ler isto? Que indagações poderão fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão?
• E o que farei a seguir?”
E também fizemos um levantamento dos passos seguidos por elas para trabalhar textos argumentativos:
• Explicação da teoria;
• Linguagem (tipo)
• Observação das dificuldades (argumentar, estruturar, alunos que não se informam)
• Usar textos de revistas e jornais para servir como base (conhecimento prévio construído na sala de aula)
• Paralelos e citações (formas de enriquecer o texto argumentativo)
• Estratégias (trabalhar com o GT carta ao leitor e picar texto para que o aluno o organize)
Quanto à aplicação da atividade e confecção do relato “avançando na prática”, não pudemos fazer muito, pois a Superintendência de Ensino nos deu um prazo curto para concluirmos as oficinas do G2. Desta forma, tivemos que marcar nossa 1ª oficina de 2010 para o dia 6 de fevereiro, ou seja, as cursistas deveriam aplicar as atividades logo na primeira semana de aula. Porém, sabemos que o trabalho que envolve o texto argumentativo e revisão textual é complexo e requer um número significativo de aulas para que o professor alcance seus objetivos.
Partimos então para a atividade proposta na Oficina 11, e percebemos que as táticas que as cursistas utilizaram para dar continuidade à crônica de Moacyr Scliar podem ser utilizadas pelos seus alunos, pois o universo do carnaval faz parte da vivência cultural deles.
Terminamos mais um encontro após uma explanação das un. 23 e 24.