sábado, 3 de abril de 2010

Oficina 3: 27 de março de 2010









Mais uma vez nos reunimos na Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima. Cada oficina concluída nos dá a sensação de missão cumprida. Porém, traz também a certeza de que estamos quase no final do GESTAR II.
Durante a caminhada no G2, encontrei pessoas maravilhosas, professoras competentes, colegas que carregam valores fundamentais para o exercício da profissão. Por outro lado, vi minha turma de cursistas desfalcada devido à descrença na Educação. A cursista Marilene passou em um concurso público e optou pelo serviço administrativo e por um salário melhor. Devemos acreditar que a educação um dia será priorizada? Ou veremos, a cada dia, bons professores trocando as salas de aula por concursos em outra área? Pensemos nisto!
Antes de iniciar uma discussão sobre o ensino de gramática nas últimas séries do Ensino Fundamental, optamos por um slide para conceituar e diferenciar as gramáticas internalizada, reflexiva e normativa, além de mostrar que é relevante distingui-las para que o professor tenha autonomia no trabalho com cada uma elas. Perguntamos às cursistas como se dá o processo de ensino aprendizagem da gramática em suas turmas.
Na nossa discussão, surgiram diversos pontos de vista sobre o ensino da gramática normativa e sua aplicação na vida do aluno. Edna Sueli fez uma importante observação: “Há pessoas que veem a gramática como algo ultrapassado, desgastado, mas como ensinar os mecanismos da fala e da escrita formal sem utilizar as regras da gramática normativa?” Por outro lado, sabemos que o nosso aluno deve aprender a refletir sobre os diversos usos da língua e as diferentes situações de comunicação, esta reflexão deve ser apoiada na gramática interna. Por isso é importante mostrar ao aluno que ele já faz uso da gramática, desde que ele aprendeu a formular os primeiros enunciados e se fazer entender. Devemos trabalhar as três gramáticas em sala de aula? Ingrid, cursista da formadora Rose, relatou que em suas aulas, o trabalho com a gramática acontecia de forma contextualizada, porém a diretora pediu para que ela voltasse a trabalhar gramática da “forma antiga”. Precisamos refletir ainda mais: gramática na sua forma reflexiva ou apenas gramática normativa (regras para decorar)? Será que para trabalhar gramática contextualizada, é preciso trabalhar gramática normativa antes? A cursista Greyd procura trabalhar antes o verbo da forma reflexiva, daí a importância de saber explorar os recursos da gramática interna que o aluno traz consigo. Com alguns exemplos de oração no quadro, ela introduz perguntas sobre o momento em que se deu a ação naquele contexto, enquanto Rose, nossa colega formadora, trabalha a origem da nomenclatura de cada elemento mórfico (adjetivo, substantivo) ou sintático (sujeito, predicado).
Quanto ao “avançando na prática”, a cursista Edna Sueli, por falta de recursos como fotocópias, aplicou a atividade da página 51 do TP2. Esta é uma atividade que enfoca o uso da linguagem oral. A cursista escreveu um trecho no quadro e pediu para que os alunos lessem. Depois mudava a pontuação do mesmo trecho, levando-os a perceber que a entoação da linguagem oral pode ser muito ampla. A participação dos alunos foi fundamental. Sucesso na escolha da atividade. Preparamos as cursistas para a oficina 3. O texto de Leo Cunha foi escolhido na elaboração de atividades de interpretação e análise lingüística:

Oficina 3





1) As palavras usadas no poema se contrapõem ou se aproximam?

2) Que relação há entre elas?

3) As palavras foram aproximadas com algum propósito?

4) Dentre os substantivos citados, quais são os elementos da natureza?

5) Levando em consideração que o texto é um poema-espelho, e que o espelho reflete a imagem assim como ela é, vemos que isso não acontece no poema, pois ele apresenta uma imagem distorcida. Qual a intenção do autor ao utilizar esse recurso?

6) Que relação há entre o título e o texto?

7)Justifique o motivo pelo qual foi usado o adjetivo entre parênteses?


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