segunda-feira, 1 de março de 2010

Oficina 12: 27 de fevereiro de 2010


Iniciamos a nossa oficina 12 com um clima de descontração total, pois as cursistas já estão totalmente entrosadas e perceberam que a oficina estava diferente, talvez por ser a última pela ordem dos TP’s.
Para incentivar um debate sobre o tema da unidade, utilizamos como suporte o texto da seção “Ampliando nossas referências”, pag. 155 do TP 6. Fizemos uma leitura conjunta do texto e partimos para uma reflexão: Como auxiliar nossos alunos a editar seu próprio texto? As cursistas reconheceram que as dicas do texto de Calkins foram preciosas, porém são “teorias que nem sempre se aplicam em nossas salas de aula”.
Para que estas dicas surtam um bom efeito, segundo as cursistas é necessário que haja um acompanhamento com a turma, e como estamos no início do ano letivo, as cursistas têm novos alunos. Então elas sentiram dificuldades de trabalhar os avançando na prática das unidades 23 e 24 que trazem como foco o processo de revisão textual na sala de aula.
O que não significa de maneira alguma que nossas cursistas não utilizassem antes do G2 algumas táticas de revisão como:
• troca de textos entre duplas;
• marcação e reescrita de algumas palavras;
• análise do sentido dos parágrafos (há sentidos? As idéias estão encadeadas de maneira lógica?);
Porém este trabalho não se realiza em todas as produções de texto, em alguns casos, quando as cursistas retornam o texto para o aluno, ele nem se dá conta de que aquele texto foi escrito por ele.
Para trabalhar a revisão ortográfica, é necessário antes um trabalho com o dicionário. Algumas cursistas relataram que não é incomum o aluno reconhecer que não consegue usar o dicionário.
Aproveitamos o espaço do blog para mostrar que ainda faltam Xerox, cartolina, papel jornal, pincel e outros recursos sugeridos ao longo dos TP’s para se aplicar as atividades “avançando na prática”.
Para esquentar nossa conversa sobre sugestões de leitura (literatura infanto-juvenil), nossas cursistas responderam as questões abaixo:
• Qual o valor da literatura?
• Qual é a sua função social?
• Vocês concordam com a crença de que a literatura não se ensina, basta a simples leitura das obras, como se faz fora da escola?
• Como vocês selecionam os textos literários que serão trabalhados em sala de aula?
• Como construir uma comunidade de leitores?
• Por que há leitores que leem com prazer?
• O que devemos fazer para que a leitura se torne um hábito para toda a vida, ou melhor ainda, uma paixão?
Muitas destas questões nos remetem a desafio e também ao trabalho incansável do professor. Como mostrar ao meu aluno que a leitura é importante em nossas vidas se ele não tem certeza de que sou leitora? “Sempre mostro o que li naquela semana, um fragmento de livro, uma reportagem em uma revista”. Alguns alunos têm preconceito quanto à literatura: “Por que temos que ler estes livros chatos?” Por falta de incentivo, ou por associar a prática de leitura apenas ao ambiente escolar, instaura-se esta forma de pensamento que acaba prejudicando o próprio aluno, interferindo no seu desenvolvimento como leitor. Muitos alunos acham que o momento de leitura é uma forma de castigo, já estão de fato acostumados com as aulas convencionais.
Porém temos experiências positivas com a literatura juvenil em sala de aula: A cursista Edna Sueli levou vários exemplares do livro “jogo duro” de Lia Zatz e propôs um teatro que foi apresentado a toda escola. É possível fazer com que o aluno goste de ler, basta introduzir um tema que desperte o seu interesse.
Ao final da oficina, outras cursistas também apresentaram sugestões de leitura: “Capão Pecado” de Ferrez, “A árvore que dava dinheiro” de Domingos Pellegrini, “Quando meu pai perdeu o emprego” de Wagner Costa e “A força da vida” de Giselda Laporta Nicolelis.

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