domingo, 20 de dezembro de 2009

Oficina Livre 4: 19 de dezembro de 2009

Na nossa Oficina Livre 4, escolhemos o filme nacional “Narradores de javé” da diretora Eliane café. O roteiro é inovador e nos levou a refletir “em que medida tem mais poder quem é alfabetizado e letrado frente a quem não teve a chance de frequentar a escola e aprender a ler?” O assunto do filme é uma prévia para a abordagem dos próximos TP’s (6, 1 e 2) que tratam justamente do processo de leitura e escrita.

Antes de dar início à exibição do filme, colocamos em pauta três questionamentos:

• Somente é letrado quem lê e escreve?

• É possível se tornar um cidadão letrado mesmo sem frequentar a escola?

• Uma vez que o letramento é uma prática que vai além dos muros da escola, pode-se afirmar que este está apenas ligado ao mundo da leitura?

Após assistir ao filme, as cursistas fizeram uma análise dos elementos centrais da trama:

• O que significa fazer o papel de escriba na comunidade de Javé?

• Analise os traços de oralidade presentes naquela comunidade.

• Analise o processo de escrita do personagem Antônio Biá (o escriba).

• No filme, qual é a relação que se estabelece entre oralidade e escrita?

• Analise as práticas de letramento daquela comunidade.

• Como você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme?

• Em que atividades práticas, no contexto da sala de aula, você exerce papel de escriba?

• Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita?

Após elaborar textos que respondem as questões acima, as cursistas criaram uma análise coerente com o nível das suas turmas, uma atividade destinada aos seus alunos com o objetivo de trabalhar as diferenças básicas entre a linguagem oral e linguagem escrita. Atingimos assim nosso objetivo.



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Oficina Avaliativa I: 21 de novembro de 2009

Antes de partirmos para a 3ª e última etapa do GESTAR II em Belo Horizonte, marcamos uma oficina avaliativa. As cursistas fizeram uma explanação sobre os “avançando na prática” que surtiram bons resultados e os que nem tanto foram bem escolhidos, elas fizeram um balanço geral dos resultados obtidos ao longo das oficinas do G2.

A cursista Edna Sueli elaborou um projeto sobre os gêneros textuais, que ainda estava em desenvolvimento, inclusive pude participar de algumas etapas da elaboração do projeto no seu 9º ano. Foi gratificante o contato com os alunos e sentir que a maioria estava empolgada por aprender algo novo.

Houve apresentação de alguns gêneros textuais que os alunos escolheram devido às marcas de intertextualidade. Puderam perceber que um texto dialoga com outro através de um jogo de palavras, ou de uma imagem, ou até mesmo que a linha do tempo os separe.

O que facilitou para as cursistas o trabalho com os diferentes gêneros textuais foram os “envelopes de linguagem”. A ideia foi tão bem aceita na sala de aula que os próprios alunos ficaram curiosos sobre o que trazer para a sala de aula: receitas culinárias, bulas, cartões de visitas, cartazes, fábulas, contos, etc.

Algumas cursistas avaliaram o programa G2 através dos seus aspectos positivos, como o crescimento do aluno. Outras reconheceram os aspectos positivos, mas não deixaram de citar alguns aspectos negativos como, por exemplo, a falta de suporte material para aplicar as atividades para seus alunos: “não temos cota para xerox”, “às vezes temos que arcar com todo material: cola, tesouras, papel manilha, cartolina, pincel, para que o “avançando na prática” desperte o interesse dos alunos e apresente resultado.

Mais uma vez, as dificuldades dos alunos nos quesitos leitura e produção de texto entraram em pauta, pois fazer levantamento destas dificuldades é tarefa para todo encontro: “é preciso ir devagar com a leitura dos textos do livro didático, até mesmo com textos do material do G2 eles têm dificuldades de fazer inferências”, “São muitas que vão desde a ortografia até coerência e coesão”.

Concluímos este encontro com o desejo de compartilhar com ouras formadoras de Minas Gerais o que aprendemos com as nossas cursistas nas oficinas, mostrando a realidade que elas enfrentam. São as heroínas do saber.

domingo, 8 de novembro de 2009

Relatório Oficina Livre 3: 07 de novembro de 2009


Na oficina Livre 3, levantamos questões sobre as dificuldades que os nossos alunos enfrentam na prática de produção textual e na leitura.
As cursistas levantaram uma série de problemas, dentre eles:
• dificuldades de nível léxico, o desconhecer o significado do vocabulário do texto dificulta a interpretação;
• falta de leitura, portanto dificuldade de detectar marcas de intertextualidade em textos de diferentes gêneros;
• escrita: as cursistas citaram dificuldades como a “dobradinha” coerência e coesão além de
• dificuldades ortográficas (transcrição da linguagem falada), que certamente seriam amenizadas ou até mesmpo sanadas com a prática da leitura.
Com base no levantamento dos problemas acima, as cursistas puderam concluir que a falta de incentivo à leitura por parte dos pais, faz com que o aluno associe a prática da leitura apenas ao ambiente escolar. Principalmente os alunos da zona-rural, que geralmente ajudam os pais no trabalho agrícola.
As cursistas reconhecem as dificuldades dos seus alunos no aspecto “leitura e escrita”, entretanto reconhecem também a escola como uma instituição conteudista. As aulas nas quais leitura, interpretação e produção de texto são os elementos centrais, ficaram mais eficazes e significativas após o GESTAR II. Surgiram mais sugestões de trabalho com materiais que antes, raramente entravam em sala de aula, como jornais, revistas, “folders” e outros: “Há mais participação”.
Como objetivo da Oficina Livre 3, as cursistas prepararam uma aula que teve como foco a produção textual, provando que para melhorar o processo de ensino da Língua Portuguesa é preciso trocar experiências, dados e sobretudo, interagir.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cronograma das nossas oficinas

• 07/11/09 – Oficina Livre 3
• 21/11/09 – Oficina Avaliativa I
• 19/12/09 – Oficina Livre 4
• 06/02/10 – Oficina 11
• 27/02/10 – Oficina 12
• 13/03/10 – Oficina 1
• 20/03/10 – Oficina 2
• 27/03/10 – Oficina 3
• 10/04/10 – Oficina 4
• 24/04/10 – Oficina Avaliativa II

domingo, 25 de outubro de 2009

Relatório Oficina Livre 2: 17 de outubro de 2009

Esta oficina livre também foi destinada a elaboração dos tópicos do projeto, medir quais serão os instrumentos de avaliação, além da escolha e adequação dos textos e atividades que compõem o projeto. Mesmo que o aluno saiba classificar o gênero dos textos, isto não é suficiente para que ele demonstre as habilidades necessárias para interpretá-lo.
Por isso, pretende-se com a implementação do projeto, ampliar o nível de raciocínio lógico e poder de compreensão textual do aluno.
Como teremos apenas mais uma Oficina Livre e uma Oficina Avaliativa antes da próxima viagem (terceira etapa da formação), decidimos que as cursistas teriam nas oficinas livres o suporte necessário para a criação do projeto.
Alertamos também sobre a data de culminância do projeto, que não deverá ultrapassar o dia 20 de novembro, pois os resultados serão apresentados na nossa última etapa de formação do GESTAR II, em Belo Horizonte.
De acordo com o cronograma, a escolha do tema foi em setembro, em outubro tivemos duas oficinas livres para repassar a metodologia do projeto e orientar as cursistas na escolha dos textos e atividades destinadas ao aluno.
No projeto, as cursistas decidiram trabalhar o tema Gêneros Textuais, pode-se afirmar que um dos elementos motivadores que determinou esta escolha foi o trabalho com o Caderno de Teoria e Prática 3, que rendeu ótimos Avançando na Prática e ótimas oficinas.
O trabalho com o TP3 também se tornou apoio pedagógico para algumas cursistas que não se sentiam seguras para classificar e distinguir gêneros e tipos textuais. Logicamente, o contato com o material do Gestar 2 foi de grande valia para sanar estas dificuldades teóricas e resultou na escolha do tema do projeto.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

02 de outubro de 2009: Oficina Livre 1: Projeto



Para iniciarmos a oficina livre, as cursistas receberam orientações sobre a metodologia do projeto. Utilizamos slides para repassar estas informações.
Nas oficinas anteriores, elas foram orientadas a escolher um tema para desenvolver o projeto que faz parte da carga horária do Gestar II. Deveriam então detectar as principais dificuldades enfrentadas por suas turmas e também possíveis soluções para sanar ou amenizar estas dificuldades.
Após as reflexões, as cursistas optaram por desenvolver um projeto abordando os gêneros textuais. Objeto de estudo do Caderno de Teoria e Prática 3, este tema despertou o interesse das cursistas pelo fato de o conteúdo ser abordado de forma dinâmica. Constataram que é fácil levar o aluno a classificar o gênero dos textos trabalhados em sala de aula, porém, muitas vezes, o texto não é trabalhado de forma contínua, esta abordagem não proporciona ao aluno o desenvolvimento de habilidades e competências como a percepção da intertextualidade, o raciocínio lógico não é estimulado. O trabalho com o texto em sala de aula, na maioria das vezes, desenvolve-se de maneira estanque. Em outras palavras, não é suficiente para o aluno apenas conhecer o gênero do texto, ele precisa estar envolvido em diferentes situações de uso da linguagem para que o seu conhecimento seja medido de forma diferenciada, precisa ir além da memorização de conteúdos e fórmulas.
A leitura e escrita constituem dificuldades comuns da maioria dos alunos do 6º ao 9º ano e as provas sistêmicas exigem deles a habilidade na análise de charges, textos publicitários, etc, ou seja, uma interpretação textual que vai além do que está explícito.
Sendo assim, um dos objetivos do projeto é fazer com que o aluno, ao entrar em contato com o texto na sala de aula, acione seu conhecimento prévio, detecte marcas de intertextualidade, consiga fazer as devidas inferências e dissocie textos que utilizam linguagem verbal e não verbal.
O projeto das cursistas, além de enfocar o trabalho com o gênero textual no seu contexto sociocomunicativo, busca melhorar a performance de leitura e escrita dos alunos.

Tópicos do projeto elaborados na Oficina Livre no dia 02 de outubro:

• Tema
• Problemática
• Objetivo geral
• Objetivos específicos
• Justificativa
• Cronograma

domingo, 11 de outubro de 2009

Oficina 10: Estilo, Coerência e Coesão - 19 de setembro de 2009



Iniciamos a oficina 10 com a confecção de um novo cronograma para definir as datas das próximas oficinas. Foi difícil entrar em um consenso e infelizmente não há tantos sábados disponíveis até o final do ano letivo. Veja abaixo as datas dos encontros até o final de 2009:

• 02 de outubro
• 17 de outubro
• 07 de novembro

Nas unidades 19 e 20, a construção da coerência textual continua em foco, o que levou Edna Sueli a trabalhar o quebra-cabeça textual, avançando na prática da página 196. A montagem do texto original a partir dos recortes tem como objetivo principal levar o aluno a criar um texto coerente; segundo Edna, todos atingiram a proposta: “foi o melhor Avançando na prática de todos”. A cursista Antônia aplicou a mesma atividade aplicada por Edna, o quebra-cabeça textual, porém alguns alunos não organizaram o texto com base no encadeamento lógico das idéias.
Com esta atividade, os alunos também perceberam que nem sempre o texto fica incoerente fora da sequência original. Conforme o relato de Antônia, alguns alunos, apesar de não fazerem a colagem como a original, conseguiram montar um texto coerente. Os dois textos menos coerentes, segundo a cursista, foram resultado de pressa e falta de atenção. Várias cursistas aplicaram a mesma atividade e utilizaram a mesma tática: textos recortados para que os alunos colassem e comparassem o original com a colagem. Ao final, as professoras comentaram a atividade e seu resultado com os alunos, este é um fator primordial para que eles possam reconhecer a importância do uso adequado dos conectores.
Na parte III da oficina, as cursistas mais uma vez puderam explorar a criatividade. A atividade selecionada exigiu a elaboração de um texto publicitário, o que vai levar as cursistas a acionar seu conhecimento lingüístico e raciocínio lógico, além de adaptar as atividades elaboradas para o nível de conhecimento dos alunos.
Surgiram textos bastante criativos na oficina. Edna Sueli escolheu criar um texto publicitário que divulgasse a eficácia de um produto de beleza, veja abaixo o resultado:


Nem invente comprar este creme hidratante se você é preguiçosa e descuidada com sua pele, pois este produto exige de você muito tempo e cuidado.
Se não se ama, desista!
Não use este hidratante.
Hidratante "Milagre"
Vai transformar sua pele!!!


Na última etapa da oficina, as cursistas apresentaram o resultado do trabalho às colegas e todas refletiram e comentaram sobre a linguagem empregada nos textos e o nível de interpretação. Mais uma vez o trabalho apresentou um resultado satisfatório. Concluímos então os estudos do TP 5.

Oficina 9: Estilo, Coerência e Coesão - 12 de setembro de 2009


Novamente nos encontramos para a realização de mais uma oficina. As cursistas estavam ansiosas para saberem quais seriam as novidades do 2º encontro de Formadores do GESTAR II, que aconteceu em Belo Horizonte do dia 24 a 28 de agosto.
Aproveitamos para falar sobre a elaboração e desenvolvimento do projeto que faz parte da carga horária do programa.
Discutimos também sobre algumas atividades propostas nas unidades 17 e 18, a questão do estilo, que no texto é intencional, altamente subjetivo. A atividade da página 15 do TP5, o texto “Cada um é um” ilustra para as cursistas de maneira bem humorada a questão da subjetividade como marca de estilo textual.
Para socializar as experiências das cursistas com o Avançando na prática, fizemos um círculo e as falas foram constantes, todas querem contar qual foi a reação dos alunos na produção de mais um texto.
Felizmente o resultado relatado tem sido positivo, a cursista Ingrid nos contou que suas aulas foram elogiadas por uma aluna.Edna Sueli aplica as atividades do Gestar constantemente em suas aulas, o trabalho com o material do G2 já faz parte de seu planejamento.
Quando questionadas sobre as dificuldades encontradas na aplicação das atividades do programa, as cursistas apontaram como principal dificuldade a falta de material. Algumas não recebem nem mesmo cartolina para realização dos Avançando na Prática. Muitas delas têm que gastar com xerox para que a atividade seja realizada com sucesso.
Quando questionei as cursistas sobre as dificuldades teóricas encontradas pelos alunos na produção dos textos, a resposta foi unânime:
“Por mais que o aluno tenha dificuldades para produzir as atividades propostas, ele vai tentar e vai aprender”.
Desta forma otimista, nossas cursistas trabalham, encaminham seus alunos à prática. É o fazer para aprender.
Na parte III da oficina 9, as cursista analisaram os aspectos da construção de sentido do texto publicitário da página 255 do TP5.
A tonalidade das fotos que servem de auxílio visual ao texto conduz o leitor, de modo coerente, na interpretação do texto escrito. O destaque dado à questão ecológica transmite ao leitor idéia de nacionalismo (cita as cores da Bandeira Nacional).
Fica evidente a intencionalidade de propagar uma imagem positiva da empresa, que além de ter preocupação com o meio-ambiente “uma empresa verde”, trabalha com responsabilidade social.
As cursistas analisaram de que modo linguagem verbal e não-verbal se articulam formando um enunciado coerente.
No último momento da oficina, introduzimos a metodologia para confecção do projeto através de slides, mas o tempo não foi suficiente para repassar tantas informações para as cursistas. Agendamos nosso próximo encontro para o dia 19 de setembro de 2009, quando concluiremos o trabalho com o TP5 e daremos continuidade às explanações sobre o projeto que será desenvolvido e implementado pelo professor cursista em sala de aula como parte integrante do Gestar II.

sábado, 22 de agosto de 2009

15 de agosto de 2009: Oficina 8 - Leitura e escrita Unidades 15 e 16



Iniciamos a oficina do dia 15 de agosto com a mensagem “A canoa” de Paulo Freire que enfoca com humor o fato de que carregamos diferentes saberes e enquanto professores devemos saber valorizá-los em sala de aula.
Após este momento introdutório, questões baseadas no texto “Por que o meu aluno não lê?” de Ângela Kleiman direcionaram um debate sobre o nível de interesse que o nosso aluno tem pela leitura:
• Para formar alunos leitores devemos ter paixão pela leitura?
• Será que o seu aluno associa a leitura à escola ou ao ambiente familiar?
• A atividade de decifração textual que fazemos em sala de aula é de fato leitura?
• Será que a maioria dos nossos alunos extrai sentido do que lê?
• A nossa concepção de ensino de língua Portuguesa nos leva a formar alunos leitores?
Felizmente o texto de Kleiman nos oferece suporte para que possamos ampliar nossos horizontes e valorizar mais a leitura em sala de aula.
No segundo momento da oficina, duas cursistas deveriam relataram a experiência que tiveram trabalhando com os TP’s em suas turmas. A atividade do Avançando na Prática da página 172 foi aplicada com sucesso na sala de Edna Sueli. Segundo seu depoimento, os alunos já reconhecem a diferença entre as atividades do livro didático adotado pela escola e as atividades dos cadernos do Gestar 2. Ela propôs que os alunos escrevessem sobre um tema relacionado ao cotidiano, algo possível de se relatar para a classe, algo que o aluno saiba contar, e tenha interesse em partilhar com a turma. A cursista exemplificou como seria a descrição deste evento e uniu os alunos em duplas. Assim eles puderam se decidir quanto ao tema a ser desenvolvido. Na aula seguinte, a proposta seria levar o aluno a expor suas idéias em um breve texto narrativo. O trabalho da cursista foi enfatizar a coerência entre o texto do aluno e o título. O resultado, como sempre, foi satisfatório.
A segunda cursista a relatar o Avançando na Prática foi Marilene, que escolheu a confecção do cartão postal. Os alunos produziram o texto após observarem as espécies no ambiente onde vivem (zona rural), o que, segundo ela, tornou o processo de escrita mais natural. Após a leitura do texto “sempre em boa companhia” e da observação do ambiente, os alunos elaboraram o texto do cartão postal. A cursista copiou a matriz de um cartão postal, explicou os elementos presentes neste gênero textual e o resultado uniu criatividade, informação e aprendizado.
As cursistas afirmam em todos os encontros que a aplicação das atividades propostas pelos Cadernos de Teoria e Prática é um fator diferencial no desenvolvimento do seu trabalho.

A Parte III da Oficina 8 mexeu bastante com a criatividade das cursistas, que por sua vez criaram textos de propaganda realmente persuasivos para acompanhar a imagem acima. A elaboração das aulas seqüenciais contemplava o gênero textual carta. Em grupo, as cursistas planejaram passo a passo uma atividade inovadora que tivesse como objetivo principal a escrita direcionada a determinado interlocutor.
Aproveitei os minutos finais para fazer uma explanação sobre o trabalho que desenvolveremos com o TP 5, Estilo, coerência e coesão que dará continuidade à proposta do TP 4.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

18 de julho de 2009: Oficina 7



O encontro do dia 18 de julho teve início com um vídeo (campanha de incentivo à leitura) baseado em um texto da escritora mineira Guiomar de Grammont.
Após o vídeo, as cursistas receberam cópia do texto que se apóia na ironia, a começar pelo título: “Ler devia ser proibido”.
Ao término dos comentários sobre o vídeo, as cursistas assistiram a um slide sobre ‘letramento’, origem e significado da palavra, as diferenças entre alfabetização e letramento, as relações entre letramento e cultura local, além de responderem a questões sobre o tema:
• O que significa alfabetizar?
• O que significa “letrar”?
• Quais as diferenças entre alfabetizar e letrar?
• Como alfabetizar “letrando”?
• Quando se pode dizer que uma criança ou adulto estão alfabetizados?
• Quando se pode dizer que estão letrados?
• Quais são as condições para que o aprender a ler e a escrever seja algo que realmente tenha sentido, uso e função para as pessoas?
• Em que medida o conhecimento prévio interfere na atividade de leitura e escrita do seu aluno?
• Somos todos letrados nesta sala?
• Vivemos em um país de letrados?

A partir dos questionamentos acima, pude perceber através do depoimento das cursistas que, na maioria das vezes, o aluno necessita que o professor seja o mediador do conhecimento prévio mínimo para que ele interprete um texto, é como se, muitas vezes, a escola fosse o único meio de aquisição do conhecimento, principalmente para aqueles alunos que ainda não exploram o ambiente letrado em que vivem, ou não são incentivados a ler no ambiente familiar.
Prosseguimos então com os relatos do ‘Avançando na prática’. Duas cursistas aplicaram o AP da página 31 do TP4, justamente sobre ambiente letrado. Introduziram a atividade falando sobre a importância da leitura, várias formas e meios de comunicação. Após esta etapa, dividiram os grupos e tarefas (trazer recortes de jornais e revistas com propagandas, anúncios publicitários com ou sem imagens, pesquisar preços nos estabelecimentos comerciais do bairro). Alguns alunos ainda foram até o posto de saúde da comunidade e anotaram os horários de atendimento de determinados médicos e também a especialidade de cada um. As cursistas que aplicaram este ‘avançando na prática’ também puderam explorar elementos não-verbais de outdoors e placas. Finalizaram o trabalho com painéis.
Um ponto negativo relatado por Edna Sueli: alguns alunos levaram palavras soltas, descontextualizadas.
Uma das cursistas aplicou o ‘avançando na prática’ da página 97 do TP4, trabalhando com a turma elementos gramaticais, a monotonia (através da descrição da cena estática), a profissão das personagens descrita no texto, etc. Porém, surpreendeu-se pelo fato de os alunos enxergarem o vilarejo onde vivem por um prisma positivo, o que fez com que ela também trabalhasse em sala de aula a valorização do ambiente bucólico.
E para complementar o depoimento da cursista que aplicou o ‘avançando na prática’ sobre o poema Cidadezinha Qualquer, de Drummond, iniciamos o momento III da Oficina 7.
O trabalho desenvolvido nesta oficina também teve um resultado positivo. Há diversas possibilidades de trabalhar o texto. Iniciamos o momento III falando sobre o autor, intenções do texto, sua estrutura simples, a descrição do ambiente, elementos gramaticais (verbos, advérbios e adjetivo) e até mesmo sobre a entonação na leitura do poema.
As cursistas formaram os grupos e criaram um roteiro para conduzir a compreensão do poema em sala de aula.
O primeiro grupo sugeriu questionamentos como:
• Quem é o autor?
• Estrutura do texto: Prosa ou verso?
• Por que o uso do pronome ‘qualquer’ (título)?
• Como você visualiza o ambiente descrito no poema?
• Você conhece lugares que se identificam com a ‘cidadezinha’ do poema?
• Oralidade: A expressão “eta” é comum na fala ou na escrita?
• No texto, o eu lírico observa, mas no texto, alguém também observa. Aponte o verso.
• que recursos Drummond utilizou para mostrar que a cidade é pacata?

Questionamentos levantados pelo segundo grupo:
• Qual seria a possível profissão dos homens e mulheres (moradores) da ‘cidadezinha’ descritos no texto?
• A realidade da sua casa é semelhante à desta ‘cidadezinha’?
• Procure no dicionário a palavra monotonia. Aponte a estrofe que melhor ilustra esta palavra.
• Sugestão: Levar para a sala de aula outros textos que descrevem cidades.
• Mostrar diferenças entre eu lírico e autor: O eu lírico tem visão negativa ou positiva sobre o ambiente descrito?
• Produção de texto retratando a cidade onde moram.
Felizmente, a proposta da Oficina 7 foi atendida, tanto pelo fato de que as cursistas estão comprometidas com o Gestar II como também pela observação do resultado positivo apresentado pelas turmas com as atividades do ‘avançando na prática’. Finalizamos assim as unidades 13 e 14 do TP 4.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

27 de junho de 2009: Oficina 6

No início da oficina 6 uma das cursistas leu a mensagem “As cinco bolas”, sobre o equilíbrio entre trabalho e outras coisas que são primordiais em nossa vida.
Após este primeiro momento, as cursistas puderam expor suas reflexões sobre a oficina 5. Recolhi o relatório do ‘Avançando na prática’ das unidades 11 ou 12 e elas fizeram comentários sobre a experiência de aplicar na sala de aula a proposta das TP’s.
Houve também momento de apresentação de duas novas cursistas que infelizmente não foram informadas a tempo sobre a capacitação.
Com estas novas cursistas, falei novamente sobre o programa GESTAR II, sobre os cadernos de Teoria e prática, sobre o tempo que deve ser dedicado ao estudo do material, a escolha do ‘Avançando na prática’ e a adequação e aplicação na sala de aula.
Também falei sobre a confecção do relatório após a aplicação do ‘Avançando na prática’ e das perguntas e observações que devem norteá-las na organização do texto.
As cursistas que não participaram das oficinas anteriores participaram da oficina 6, os grupos foram divididos e vários argumentos enumerados.
Os grupos que ficaram responsáveis por enumerar as características do texto como uma redação escolar apontaram as marcas de infantilidade (uso de diminutivos), algumas rasuras no texto, a folha de caderno (estrutura física da apresentação do texto), o título (Composição), etc.
Os grupos da ‘oposição’ apontaram elementos como o suporte (Revista Veja), críticas que geralmente são feitas por adultos, pela complexidade e maturidade, a autoria do texto (Jô Soares).
As apresentações e os comentários das cursistas sobre os tópicos da Oficina 6 tiveram um resultado satisfatório, todas se envolveram e assim encerramos a TP3.
No nosso encontro do dia 18 de Julho, realizaremos a Oficina 7, unidades 13 e 14. Desta forma, mais uma vez as cursistas devem escolher a atividade que será trabalhada em sala de aula e relatar sua experiência com as TP’s, pois o relatório é parte fundamental do portfólio.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

13 de junho de 2009: Oficina 5


A mensagem “Sementes” deu início ao encontro do dia 13 de junho, ressaltei a importância de fazer com que a experiência no GESTARII seja uma “semente” que deve ser inserida no contexto escolar de maneira satisfatória para que o aluno reconheça na linguagem e em seu aprendizado algo prazeroso e significativo.
Após leitura das unidades 9 e 10 da TP3 (orientação passada para as cursistas no encontro do dia 30/05), elas escolheram e aplicaram um Avançando na Prática na sua sala de aula. Segundo os relatos, algumas adaptações foram necessárias para direcionar a atividade para a realidade das turmas.
Em forma de mesa redonda, as experiências começaram a ser trocadas. Percebi que as cursistas não ressaltaram as dificuldades encontradas na aplicação das atividades no relatório. Desta forma, foram orientadas a relatar a experiência na execução das atividades apontando também as dificuldades, o porquê da escolha daquele gênero textual, quais foram as estratégias utilizadas para que a leitura não ficasse apenas no nível da leitura objetiva, em que medida o diagnóstico da turma e o planejamento foram importantes para que a aplicação da atividade tivesse um resultado satisfatório e outras observações que devem norteá-las na elaboração de um relatório mais técnico.
Na construção das atividades da Oficina 5, as professoras cursistas mostraram-se bastante empolgadas. Cada uma buscou elaborar atividades com base na realidade de suas turmas. Algumas escolheram o texto de Manuel Bandeira, por fazer no título referência a outro gênero textual (a notícia) e pela possibilidade de reestruturação textual. Desta forma, elas levaram em consideração os aspectos da narrativa que estão presentes no poema: quem, onde, como, o quê e por quê, além dos verbos de ação.
Na música de Gilberto Gil, as cursistas puderam explorar questões como ritmo e rimas, além da associação com o mundo do trabalhador que também pode ser explorada através de imagens de operários.
No momento final, as cursistas foram orientadas sobre a seleção de textos que farão parte de seu portfólio, além dos relatórios e das fotos, elas devem selecionar outros textos que julguem pertinentes enquanto teoria.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cronograma das Oficinas Pedagógicas de Língua Portuguesa

Formadora: Bethânia Alves Ferreira
Local: E. E. Nossa Senhora de Fátima
Cidade:Teófilo Otoni

Dias / Mês - Oficina
13 Jun - 1ª Oficina TP 3
27 Jun - 2ª Oficina TP 3
18 Jul - 1ª Oficina TP 4
15 Ago - 2ª Oficina TP 4
29 Ago - 1ª Oficina TP 5
12 Set - 2ª Oficina TP 5

Relatório das primeiras oficinas do GESTAR II em Teófilo Otoni: 1º Momento: 8h às 12h

A oficina inicial do GESTAR II aconteceu no salão da Superintendência Regional de Ensino de Teófilo Otoni no sábado 30 de maio de 2009. Para assistir a abertura do programa, foram convidados colegiado escolar, diretores, especialistas e os mais interessados em conhecer sobre a estrutura e o funcionamento do GESTAR II, os cursistas. Às 8h Irislene Rocha da SRE (Coordenadora do curso em Teófilo Otoni) iniciou a apresentação do projeto após um rápido momento de acolhida. Logo após, a Coordenadora Célia Caetano apresentou uma dinâmica com o objetivo de descontrair o ambiente.
Após dinâmica, os formadores foram apresentados aos presentes, eu Bethânia Alves Ferreira (formadora de Língua Portuguesa), as demais colegas formadoras de Língua Portuguesa Rigléia, Rose, Maria Edna e os professores formadores de Matemática Fabrício e Jamara.
O formador Fabrício apresentou a proposta do GESTAR II aos presentes e além de destacar os objetivos do programa, falou sobre a metodologia, as oficinas e os materiais que serão utilizados durante o curso de formação continuada.
Para encerrar a oficina, foi utilizado um slide com mensagem de Rubem Alves, totalmente engajada com os fundamentos da proposta Pedagógica do GESTAR II. Ao fim da apresentação do slide, os cursistas foram direcionados até o seu formador para o repasse do kit.

2º Momento: 13h30 às 17h30


Na Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, iniciou-se o segundo momento da Oficina Introdutória do GESTAR II, com as formadoras de língua Portuguesa Bethânia, Rigléia e Rose. Uma dinâmica rápida foi apresentada aos cursistas. Não tínhamos recursos para exibir o material planejado, e sendo assim, utilizamos o Guia Geral e a TP 3 para falar sobre a implementação do programa de formação continuada na nossa cidade, o papel do cursista em adequar as novas estratégias de atuação propostas pelo material do programa, mencionar também a necessidade de fazer uma investigação inicial que vai orientar o cursista no planejamento das atividades e o objetivo maior do programa, levar o aluno a construir de forma interativa seu conhecimento.
Rose orientou sobre a leitura da TP3 (assunto: Gêneros textuais) para que as oficinas ocorram de maneira objetiva e sobre a importância de o cursista fazer relatórios que abrangem aspectos como dificuldades teóricas, dificuldades na prática, resultados positivos, soluções encontradas para sanar as dificuldades, etc.
Definimos um cronograma de reuniões até setembro e marcamos para o dia 13 de junho o nosso próximo encontro que terá como objetivo o desenvolvimento da oficina 5.

domingo, 7 de junho de 2009

PALAVRAS E PENSAMENTO


As informações nos chegam a todo instante através dos textos. E texto não é um amontoado de palavras soltas, é antes de tudo, uma unidade de sentido, palavras que estão interligadas, ou imagens que nos levam à reflexão. Refletimos através das palavras. Elas são a base do nosso pensamento.

ENCONTRO EM MONTES CLAROS


23 a 27 de março / 2009

Primeiras impressões: Sala lotada, muito calor, muito “burburinho”, oitenta formadores em uma pequena sala e ainda, o cansaço da viagem.
Últimas impressões: Oficinas criativas, professores/formadores competentes interagindo em busca do novo.
A nossa orientadora Tamar que veio de tão longe para dar o melhor de si na acolhedora Montes Claros.

MEMORIAL PROFISSIONAL

“Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Mário Quintana

Minha jornada como professora começou em 2006. Atualmente leciono nas séries do Ensino Médio. Apesar das dificuldades que existem nesta profissão, vejo na educação a única possibilidade de transformação da sociedade, pois o processo de aprendizagem só se efetiva quando as pessoas se apropriam do conhecimento produzido anteriormente, a sala de aula deve ser o local e o professor deve ser o mediador desse processo.

MEMORIAL DO LEITOR



Aprendi a gostar de ler com minha tia Glória, ela sempre comprava livros que chegavam pelo correio, ela também trocava livros com vizinhos, amigas e geralmente comentavam sobre o enredo e sobre os personagens.
O primeiro livro dela que tive a curiosidade de ler foi Gina, de Maria José Dupré, um romance que narra a trajetória de uma menina que se torna mulher e aprende a lidar com as adversidades da vida.
Logo depois, o livro que me encantou foi O Alquimista, de Paulo Coelho, o fato de o personagem Santiago sair para buscar tão longe o tesouro que estava tão perto, pela primeira vez me levou a refletir sobre minha própria existência, o lugar do meu “eu” no mundo, e a possibilidade de ser agente transformadora de minha própria vida.
Com o passar dos anos, me apaixonei pela literatura realista de Machado de Assis, com seu humor irônico. Os preferidos? Memórias póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba. Ao concluir a leitura deste último, estava rindo sozinha no sofá.